Governo Milei fecha Instituto Nacional contra a Discriminação na Argentina: ‘Não serve pra nada’, disse.
O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou na quinta-feira, 22 de fevereiro, que o Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi) será fechado. A informação foi divulgada pelo porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, durante uma coletiva de imprensa.
“Foi tomada a decisão de avançar com o desmantelamento de institutos que não servem absolutamente para nada, como o Inadi”, declarou Adorni. A decisão faz parte do plano de redução do Estado do presidente ultraliberal Javier Milei.
O Inadi, que tem escritórios em todo o território nacional e emprega cerca de 400 pessoas, recebe em média 2.500 denúncias de discriminação por ano, de acordo com seu último relatório. A maioria dessas denúncias vem das áreas de trabalho e educação e se refere a discriminação por deficiência física, orientação sexual ou gênero.
Adorni afirmou que o governo gostaria de fechar o Inadi imediatamente, mas isso não é possível por questões administrativas. Ele vinculou a decisão ao compromisso do presidente Milei com a redução do Estado.
Desde que Milei assumiu a presidência em 10 de dezembro, foram demitidos 30.000 funcionários do Estado e outros 10.000 contratos não foram renovados. Além disso, as obras públicas financiadas pela administração federal em todo o país foram paralisadas, como parte do esforço para diminuir os gastos públicos.
