Na cidade de Campo Alegre de Lourdes, localizada na Bahia e com cerca de 30 mil habitantes, uma situação inusitada tem gerado polêmica. Em meio a uma emergência causada pela seca, a prefeitura decidiu contratar um show do renomado cantor Gusttavo Lima por R$ 1,1 milhão, além de destinar R$ 200 mil para hospedagem e transporte do artista. O pagamento foi dividido em cinco vezes. Essa quantia é três vezes maior do que todo o montante destinado ao orçamento da pasta de Cultura da cidade, que é de aproximadamente R$ 413 mil.
A cidade decretou emergência devido à seca que assolava a região. Essa decisão tem gerado debates acalorados entre os moradores e levantado questionamentos sobre as prioridades da gestão municipal.
A seca é um problema recorrente em muitas regiões do Brasil, trazendo consequências graves para a população, como a escassez de água, a diminuição da produção agrícola e a falta de recursos para enfrentar a situação. Nesse contexto, a destinação de uma quantia significativa de recursos para um show artístico tem sido duramente criticada.
Alguns argumentam que o investimento em cultura é importante para o desenvolvimento e o entretenimento da população, mas em uma situação de emergência como a seca, é necessário priorizar a destinação de recursos para ações que minimizem os impactos causados pela falta de água e garantam a sobrevivência e o bem-estar dos moradores.
Outros questionam a forma como os recursos públicos estão sendo utilizados, destacando a discrepância entre o valor destinado ao show e o orçamento da pasta de Cultura da cidade. Essa disparidade levanta dúvidas sobre a transparência na gestão dos recursos públicos e a efetividade das políticas culturais locais.